Se a lembrança que você tem de Lisboa ainda é a de um lugar preso ao passado, está mais do que na hora de voltar lá.
Lisboa soube se renovar sem abrir mão do culto aos seus monumentos e às suas tradições, transformando-se numa cidade dinâmica e antenada. Os históricos bondes elétricos dividindo espaço com alegres tuc-tucs nas ladeiras do Chiado são um bom retrato dessa cidade cada vez mais plural. A ótima cozinha é outro. Mas há mais, muito mais.
Assim como os vinhos portugueses, Lisboa melhorou muito nos últimos anos. É uma delícia redescobri-la. E o melhor: a gente se sente em casa!
Belcanto
Largo de São Carlos 10, 1200-410 Lisboa, Portugal
Com duas estrelas Michelin, é a grande sensação da nova gastronomia lisboeta. O prato Rebentação, com delícias do mar adornadas por espumas e areias comestíveis, servidas numa concha estilizada, é um delicioso poema concreto. Reserve antes de viajar.
Cozinha de raízes portuguesas, com certeza, mas sempre com um toque de modernidade. O Porco Alentejano, por exemplo, aqui é cozido em baixa temperatura e glaceado. O ambiente também é inspirador – fica no elegante hotel Altis Belém, à beira do Tejo.
Rua Domingos Sequeira 41C, Campo de Ourique, Lisboa
Depois de anos mantendo restaurantes de alta cozinha, o conhecido chef português Vitor Sobral criou este restaurante informal com pratos de inspiração local e excelência nos ingredientes.
Embora não seja propriamente um restaurante, serve uma grande variedade de queijos e enchidos, entre os melhores da Terrinha, e é um ótimo lugar para petiscar e conversar. A carta de vinhos tem mais de uma centena de opções, todas disponíveis também em taça.
R. Rodrigo da Fonseca 88, 1099-039 Lisboa, Portugal
Além das comodidades que se espera de um hotel dessa rede, seu diferencial está na decoração bastante variada das suítes. Se quiser uma de estilo clássico, peça a Fundação, que tem réplicas de móveis da casa real do século 18 e banheiro de mármore.
Rua do Pau de Bandeira 4, 1249-021 Lisboa, Portugal
Ocupa um palácio neoclássico, no topo de uma colina, com vista privilegiada da cidade. O serviço impecável e os ambientes acolhedores convidam o hóspede a se deixar ficar – o que faz do Olissippo um porto ideal para quem já conhece a cidade e quer curtir a estada sem pressa.
Praceta do Atlântico, Póvoa de Penafirme, 2560-046 A dos Cunhados, Portugal
Opção interessante para quem viaja de carro e não se importa em ficar na vizinha Seixo, a 40 minutos de Lisboa. As suítes, enormes e de pé-direito alto, oferecem terraços privativos, vista para o mar, jacuzzi e lareira.
Caminhar pelas ladeiras do Chiado, no Bairro Alto. Com muitas construções dos séculos 18 e 19, largos, vielas e praças, o Chiado é encantador. Cafés, mercearias, ateliês, lojas, tascas e belos sobrados preenchem suas ruas. Comece a caminhada pelo Largo do Chiado, onde há o clássico café A Brasileira, e desça para o Largo do Carmo.
Pedalar ou correr na orla do Rio Tejo, que foi revitalizada. Os melhores caminhos ficam na parte oeste, onde estão as docas e a Torre de Belém, e no extremo leste, próximo do Oceanário de Lisboa.
Relaxar na Praça do Príncipe Real, na Cidade Alta, que lembra a de uma cidade de interior, com coreto e vendedores de sorte. Bem ao lado está a galeria Embaixada, com loja de perfumes orgânicos e um charmoso bar de vinhos no térreo. À noite, os bares da região ficam lotados.
Explorar o Parque das Nações, a parte mais moderna de Lisboa, construída para a Exposição Mundial de 1998. A atração principal é o Oceanário, sobre um píer cercado de água.
Usar um tuc-tuc para subir as ladeiras da Alfama até o Castelo de São Jorge e depois descer a pé. O bairro mais tradicional da cidade ainda guarda construções medievais – embora pouco reste do castelo original. Entre na Sé e fotografe no Miradouro de Santa Luzia.
Deliciar-se nas tascas e nos cafés da cidade. As tascas são pequenos restaurantes com receitas familiares e nenhuma frescura. Bacalhau, arroz de pato, sardinhas, entre outros pratos, acompanhados dos excelentes vinhos nacionais, valem muitas estrelas.
Visitar museus impressionantes. Lisboa tem coleções de artes e objetos pra lá de curiosas. Vale visitar o Museu de Artes Decorativas, numa linda mansão na Alfama; o Museu Nacional de Arte Antiga, no Bairro Alto; o Museu Nacional dos Coches, em Belém; e o Museu Calouste Gulbenkian, com uma coleção incrível de arte, no leste da cidade.
Assistir ao anoitecer no Terreiro do Paço, também chamado de Praça do Comércio. Durante o dia, vale a pena caminhar do terreiro até o Rossio, passando pelo Elevador de Santa Justa (que sobe, também, para o Chiado).
Fazer uma prece ou curtir o silêncio do Mosteiro dos Jerónimos, maior representante da arquitetura manuelina no país (século 16) e grande obra da época dos Descobrimentos. Fica em frente à famosa Torre de Belém e ao lado dos Pastéis de Belém originais.
Viajar para as vizinhas Sintra, Cascais e Estoril. Sintra fica na serra de mesmo nome, a noroeste da cidade, e é conhecida pelos seus palácios. Cascais e Estoril ficam no litoral e lotam no verão. Cascais é chique, com campos de golfe e marinas; Estoril é famosa pelo cassino.
As histórias de quem tem parentes no Brasil. Todos os lisboetas parecem ter algum.
As ladeiras. Lisboa é uma cidade com áreas planas e montanhosas que se alternam e se entrelaçam o tempo todo. Chame um táxi para os percursos maiores, mas prepare-se para encarar subidas e descidas de vez em quando.
A gíria local. Quando querem elogiar alguma coisa, os portugueses dizem que se trata de algo muito “gira”, por exemplo. Ou “fixe”. Esqueça, por um tempo adjetivos como “bacana” e “legal”, que são só nossos.
O bacalhau. Sim, ele está em todos os cardápios (“ementas”, para os lusitanos), mesmo nas tascas mais modestas (o bacalhau surgiu como alimento de pobres).
A vontade de voltar. Depois de constatar que a cidade é mesmo muito gira, mais do que você esperava, vai querer planejar uma nova viagem.
Além de acolhedora, histórica e animada, Lisboa também é conhecida por:
Ser o ponto de partida das grandes navegações portuguesas, que nos séculos 15 e 16 ampliaram o horizonte conhecido, descobrindo novos territórios e novos caminhos marítimos.
Ter sofrido um dos mais terríveis terremotos que abalaram a Europa até hoje. Em 1º de novembro de 1755, três tremores de terra mataram cerca de 15 mil pessoas e reduziram mais da metade da cidade a escombros.
Ser o berço do fado, um gênero musical marcado pelo tom tristonho nas letras e nas melodias. O fado (sinônimo de “destino”), evoca saudade, amores perdidos, sonhos não realizados, lamúrias de toda ordem.
Vá até a Doca Santo Amaro, na margem oeste do Tejo, e alugue um barco para navegar na direção do Alentejo – ou, no sentido contrário, siga para o Atlântico, passando por Cascais. Você pode escolher barcos menores ou catamarãs com chef a bordo para passar o dia. A empresa Water-X tem uma boa frota na doca.
Cultura
Gastronomia
Belcanto
Largo de São Carlos 10, 1200-410 Lisboa, Portugal
Feitoria
Doca do Bom Sucesso, 1400-038 Lisboa, Portugal
Tasca da Esquina
Rua Domingos Sequeira 41C, Campo de Ourique, Lisboa
R. Rodrigo da Fonseca 88, 1099-039 Lisboa, Portugal
Olissippo Lapa Palace
Rua do Pau de Bandeira 4, 1249-021 Lisboa, Portugal
Areias do Seixo
Praceta do Atlântico, Póvoa de Penafirme, 2560-046 A dos Cunhados, Portugal
Noite
Consumo
Esportes
Música
Pontos Turísticos
10 coisas que você deve fazer
Caminhar pelas ladeiras do Chiado, no Bairro Alto. Com muitas construções dos séculos 18 e 19, largos, vielas e praças, o Chiado é encantador. Cafés, mercearias, ateliês, lojas, tascas e belos sobrados preenchem suas ruas. Comece a caminhada pelo Largo do Chiado, onde há o clássico café A Brasileira, e desça para o Largo do Carmo.
Pedalar ou correr na orla do Rio Tejo, que foi revitalizada. Os melhores caminhos ficam na parte oeste, onde estão as docas e a Torre de Belém, e no extremo leste, próximo do Oceanário de Lisboa.
Relaxar na Praça do Príncipe Real, na Cidade Alta, que lembra a de uma cidade de interior, com coreto e vendedores de sorte. Bem ao lado está a galeria Embaixada, com loja de perfumes orgânicos e um charmoso bar de vinhos no térreo. À noite, os bares da região ficam lotados.
Explorar o Parque das Nações, a parte mais moderna de Lisboa, construída para a Exposição Mundial de 1998. A atração principal é o Oceanário, sobre um píer cercado de água.
Usar um tuc-tuc para subir as ladeiras da Alfama até o Castelo de São Jorge e depois descer a pé. O bairro mais tradicional da cidade ainda guarda construções medievais – embora pouco reste do castelo original. Entre na Sé e fotografe no Miradouro de Santa Luzia.
Deliciar-se nas tascas e nos cafés da cidade. As tascas são pequenos restaurantes com receitas familiares e nenhuma frescura. Bacalhau, arroz de pato, sardinhas, entre outros pratos, acompanhados dos excelentes vinhos nacionais, valem muitas estrelas.
Visitar museus impressionantes. Lisboa tem coleções de artes e objetos pra lá de curiosas. Vale visitar o Museu de Artes Decorativas, numa linda mansão na Alfama; o Museu Nacional de Arte Antiga, no Bairro Alto; o Museu Nacional dos Coches, em Belém; e o Museu Calouste Gulbenkian, com uma coleção incrível de arte, no leste da cidade.
Assistir ao anoitecer no Terreiro do Paço, também chamado de Praça do Comércio. Durante o dia, vale a pena caminhar do terreiro até o Rossio, passando pelo Elevador de Santa Justa (que sobe, também, para o Chiado).
Fazer uma prece ou curtir o silêncio do Mosteiro dos Jerónimos, maior representante da arquitetura manuelina no país (século 16) e grande obra da época dos Descobrimentos. Fica em frente à famosa Torre de Belém e ao lado dos Pastéis de Belém originais.
Viajar para as vizinhas Sintra, Cascais e Estoril. Sintra fica na serra de mesmo nome, a noroeste da cidade, e é conhecida pelos seus palácios. Cascais e Estoril ficam no litoral e lotam no verão. Cascais é chique, com campos de golfe e marinas; Estoril é famosa pelo cassino.
5 coisas que você não pode evitar
As histórias de quem tem parentes no Brasil. Todos os lisboetas parecem ter algum.
As ladeiras. Lisboa é uma cidade com áreas planas e montanhosas que se alternam e se entrelaçam o tempo todo. Chame um táxi para os percursos maiores, mas prepare-se para encarar subidas e descidas de vez em quando.
A gíria local. Quando querem elogiar alguma coisa, os portugueses dizem que se trata de algo muito “gira”, por exemplo. Ou “fixe”. Esqueça, por um tempo adjetivos como “bacana” e “legal”, que são só nossos.
O bacalhau. Sim, ele está em todos os cardápios (“ementas”, para os lusitanos), mesmo nas tascas mais modestas (o bacalhau surgiu como alimento de pobres).
A vontade de voltar. Depois de constatar que a cidade é mesmo muito gira, mais do que você esperava, vai querer planejar uma nova viagem.
O que é especial em Lisboa
Além de acolhedora, histórica e animada, Lisboa também é conhecida por:
Ser o ponto de partida das grandes navegações portuguesas, que nos séculos 15 e 16 ampliaram o horizonte conhecido, descobrindo novos territórios e novos caminhos marítimos.
Ter sofrido um dos mais terríveis terremotos que abalaram a Europa até hoje. Em 1º de novembro de 1755, três tremores de terra mataram cerca de 15 mil pessoas e reduziram mais da metade da cidade a escombros.
Ser o berço do fado, um gênero musical marcado pelo tom tristonho nas letras e nas melodias. O fado (sinônimo de “destino”), evoca saudade, amores perdidos, sonhos não realizados, lamúrias de toda ordem.
Dica Top
Vá até a Doca Santo Amaro, na margem oeste do Tejo, e alugue um barco para navegar na direção do Alentejo – ou, no sentido contrário, siga para o Atlântico, passando por Cascais. Você pode escolher barcos menores ou catamarãs com chef a bordo para passar o dia. A empresa Water-X tem uma boa frota na doca.
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