Então os mercadores acharam que a posição do local era estratégica para o vaivém entre Europa e o Oriente (e para fugir dos briguentos de terra firme). e, ao longo dos anos e na base das fundações de madeira, ergueram uma cidade onde antes só havia mar.
Assim nasceu Veneza – mas quem desembarca por ali e reconhece uma cidade parada no tempo, com templos bizantinos em plena Itália, edifícios colados uns aos outros e canais que conectam uma centena de ilhotas não pensa no que acontece sob o piso. Melhor inclusive não pensar. La Sereníssima só permite que o visitante sinta, não pense.
Osteria Enoteca San Marco
Calle Frezzeria, San Marco, Venice, Metropolitan City of Venice, Italy
Fica nos arredores da Piazza San Marco esse restaurante charmoso onde a comida é típica da região do Vêneto – com massas clássicas e muitos pescados e frutos do mar. Muito romântico para a noite.
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Osteria Santa Marina
Castello 5911, Campo Santa Marina, Venice, Italy
Fica ao norte da ponte Rialto e faz um estilo veneziano mais inventivo – com pratos como o ravióli de robalo em caldo de mexilhão e ostra. Tem um leve refinamento, mas o clima é bem tranquilo (daí as mesas externas; mas no verão o calor pede o ar condicionado interno).
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Impronta Café
Calle Crosera, 3815, Dorsoduro, Venice, Metropolitan City of Venice, Italy
Lugares assim são comuns em Berlim ou Londres, mas, para Veneza, essa casa moderna é um achado. Com bons preços e itens vegetarianos, vale para um cappuccino de manhã ou para um jantar completo (e é um dos poucos lugares na cidade com um cardápio interessante de sanduíches criativos).
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Bauer Hotel
San Marco, 1459, Venice, Metropolitan City of Venice, Italy
A entrada principal deste hotel de luxo está localizada no coração de Veneza, no Campo San Moisè, apenas cinco minutos a pé da Piazza San Marco. Também possui sua própria doca no Rio di San Moisè, um pequeno canal paralelo ao Grande Canal de Veneza, o que traz um charme extra ao sair em passeio de gôndola.
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Hilton Molino Stucky Venice
Giudecca, 810, 30133 Venezia, Itália
Ao chegar no aeroporto ou na estação de trem de Santa Lucia, basta pegar um taxi aquático (leva cerca de 15 minutos de viagem). Já na ilha da Giudeca, o hotel tem quartos modernos e com uma bela vista para o Grande Canal (e disponibiliza um serviço de barco até a Piazza San Marco para os hóspedes).
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Ca’Nigra
Santa Croce 927 I-30135 Venice, Italy
Recentemente renovado, o Ca’Nigra fica mais perto da estação Santa Lucia (é possível ir a pé) e é todo decorado no estilo palaciano/oriental que permeia Veneza. Para surpresa de quem só imagina a cidade e os canais, o hotel tem ainda um grande jardim (onde se organizam eventos também).
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- Piazza San Marco – É o centro social da cidade e está marcada, entre outros pontos, pelo Campanile (Campanário de 50 metros de altura de onde se tem a melhor vista de Veneza).
- Basílica de San Marco – Um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina, a igreja de quase mil anos foi sendo adornada ao longo dos tempos (repare especialmente nos mosaicos do piso e os detalhes dourados de todo o interior).
- Palazzo Ducale – Enquanto a Basílica representa o poder religioso, o palácio representa o poder político dos antigos governantes de Veneza. O ponto alto da visita é conhecer a Ponte dos Suspiros pelo lado de dentro.
- Ponte dos Suspiros – Se por dentro pode ser claustrofóbico conhecer a ponte, por fora, vista da doca, ela é uma beleza. A ponte é a ligação ao Palazzo Ducale à prisão – sendo a última visão (e o último lamento) que os presos tinham antes de ir para o calabouço.
- Ponte Rialto – Emblema da cidade, a ponte atravessa o Grande Canal e, além da linda vista, faz a ligação com o mercado de alimentos que funciona pegado a ela de segunda a sábado.
- Ca’d’Oro – A fachada já foi coberta de dourado (daí o nome), mas o palácio ainda é um dos mais bonitos de Veneza, com o mármore e a decoração gótica. Vale, inclusive, mais para conhecer o prédio do que a exposição de obras renascentistas.
- Grande Canal – Via principal de uma cidade sobre as águas, é também uma das melhores formas de conhecer Veneza – seja de taxi ou ônibus aquático, vale ver os edifícios em seu esplendor de fim de tarde.
- Peggy Guggenhein Collection – Aberto em 1951, é uma interessante “quebra” em toda a arte renascentista de Veneza. O bonito espaço privilegia a arte moderna (com Miró, Pollock e Magritte, por exemplo).
- La Boutique del Gelato – O amontoado de gente esperando, principalmente no verão, já dá uma ideia do sorvete de qualidade (tente os sabores de frutas, uma especialidade, como o de melão).
- Libreria Aqua Alta – Difícil começar a explicar como essa livraria/sebo é incrível. Começa pela gôndola lotada de livros que domina uma das salas – e vai até duas banheiras, em outra sala, servindo também de estante. Como o nome diz, sim, a água da maré alta invade o espaço algumas vezes por ano (e os livros ficam sempre a salvo).
- A disparidade de impressões sobre os canais. Sempre vai ter gente dizendo que cheiram mal (acontece às vezes no verão); sempre vai ter quem reclame do “trânsito” (os locais reclamam). Mas cada um forja sua própria opinião (e a maioria acha lindo).
- Pagar caríssimo em um curto passeio de gôndola. Custa caro. Mesmo. Cerca de 100 euros por meia hora de navegação. Mas é aquilo: se não fizer, como ficará na memória? Ah: a maioria dos gondoleiros NÃO canta.
- Ficar com um certo medo dos pombos na praça. Mesmo quem acha que são bichinhos bonitos talvez se assuste a) com a quantidade; b) com a voracidade por comida; c) com os turistas que colocam milho nas roupas ou nas mãos para atrair a revoada (ninguém assistiu “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock?).
- A época de “acqua alta” e os impedimentos que ela traz. Costuma acontecer no final do inverno e na primavera europeia – quando a maré sobe cerca de um metro a um metro e meio. E, sendo a Piazza San Marco o ponto mais baixo da cidade, é justamente o cartão-postal que sai pior na foto.
- A surpresa de descobrir que Veneza é uma das mais belas cidades do mundo e Mestre, sua vizinha, uma das mais feias.
- Perder-se. Isso é que é especial em Veneza, pode acreditar. Todos sabem que é uma ilha (na verdade, são cerca de 100 ilhotas conectadas por pontes e passagens), mas só estando lá para perceber o mundo aparte que é Veneza. Não adianta muito usar mapas ou apps. O negócio mesmo é andar pelas ruelas, quebrar esquinas e descobrir lugares. É como ser aquela criança no labirinto do parque de diversões – só que um labirinto encantador e equipado com a deliciosa cozinha do Vêneto para paradas estratégicas.
- A coisa mais importante quando se trata de encontrar o caminho em de Veneza é realmente o “sestiere”, o distrito. Existem seis – Cannaregio, San Polo, Santa Croce, Dorsoduro, San Marco e Castello – e são esses nomes que aparecerão nos endereços a procurar.
- Tente se guiar, na maior parte do tempo, pelas plaquinhas fixadas nas paredes dos edifícios que indicam os três pontos mais básicos: a estação de trem Santa Lucia, a ponte Rialto, a Piazza San Marco. Pelo menos você saberá para qual lado está indo.
- Se estiver passeando e encontrar uma lojinha ou café que pareça bom e dê vontade de ver, comer ou comprar, faça isso na hora. É grande a chance de você nunca mais achar o lugar se deixar para pensar melhor e voltar depois.
Dê uma chance para a região de Cannareggio – principalmente para um passeio de fim de tarde, para sentar em um café ou tomar um drinque e ver a vista e as pessoas. É uma região sem tantos turistas, e onde se vê muitos locais voltando do trabalho, crianças batendo bola, a vida do dia a dia. Ali fica o primeiro gueto judaico do mundo. Um bom ponto de parada: o MQ10 (chamado 10 Metri Quadrati, na Fondamenta Cannaregio, 1020), onde o barman prepara bebidas clássicas e serve-se os affettati – a famosa tábua de frios.
Gastronomia
Osteria Enoteca San Marco
Calle Frezzeria, San Marco, Venice, Metropolitan City of Venice, Italy
Osteria Santa Marina
Castello 5911, Campo Santa Marina, Venice, Italy
Impronta Café
Calle Crosera, 3815, Dorsoduro, Venice, Metropolitan City of Venice, Italy
Hospedagem
Bauer Hotel
San Marco, 1459, Venice, Metropolitan City of Venice, Italy
Hilton Molino Stucky Venice
Giudecca, 810, 30133 Venezia, Itália
Ca’Nigra
Santa Croce 927 I-30135 Venice, Italy
10 coisas que você deve fazer
- Piazza San Marco – É o centro social da cidade e está marcada, entre outros pontos, pelo Campanile (Campanário de 50 metros de altura de onde se tem a melhor vista de Veneza).
- Basílica de San Marco – Um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina, a igreja de quase mil anos foi sendo adornada ao longo dos tempos (repare especialmente nos mosaicos do piso e os detalhes dourados de todo o interior).
- Palazzo Ducale – Enquanto a Basílica representa o poder religioso, o palácio representa o poder político dos antigos governantes de Veneza. O ponto alto da visita é conhecer a Ponte dos Suspiros pelo lado de dentro.
- Ponte dos Suspiros – Se por dentro pode ser claustrofóbico conhecer a ponte, por fora, vista da doca, ela é uma beleza. A ponte é a ligação ao Palazzo Ducale à prisão – sendo a última visão (e o último lamento) que os presos tinham antes de ir para o calabouço.
- Ponte Rialto – Emblema da cidade, a ponte atravessa o Grande Canal e, além da linda vista, faz a ligação com o mercado de alimentos que funciona pegado a ela de segunda a sábado.
- Ca’d’Oro – A fachada já foi coberta de dourado (daí o nome), mas o palácio ainda é um dos mais bonitos de Veneza, com o mármore e a decoração gótica. Vale, inclusive, mais para conhecer o prédio do que a exposição de obras renascentistas.
- Grande Canal – Via principal de uma cidade sobre as águas, é também uma das melhores formas de conhecer Veneza – seja de taxi ou ônibus aquático, vale ver os edifícios em seu esplendor de fim de tarde.
- Peggy Guggenhein Collection – Aberto em 1951, é uma interessante “quebra” em toda a arte renascentista de Veneza. O bonito espaço privilegia a arte moderna (com Miró, Pollock e Magritte, por exemplo).
- La Boutique del Gelato – O amontoado de gente esperando, principalmente no verão, já dá uma ideia do sorvete de qualidade (tente os sabores de frutas, uma especialidade, como o de melão).
- Libreria Aqua Alta – Difícil começar a explicar como essa livraria/sebo é incrível. Começa pela gôndola lotada de livros que domina uma das salas – e vai até duas banheiras, em outra sala, servindo também de estante. Como o nome diz, sim, a água da maré alta invade o espaço algumas vezes por ano (e os livros ficam sempre a salvo).
5 coisas que você não pode evitar
- A disparidade de impressões sobre os canais. Sempre vai ter gente dizendo que cheiram mal (acontece às vezes no verão); sempre vai ter quem reclame do “trânsito” (os locais reclamam). Mas cada um forja sua própria opinião (e a maioria acha lindo).
- Pagar caríssimo em um curto passeio de gôndola. Custa caro. Mesmo. Cerca de 100 euros por meia hora de navegação. Mas é aquilo: se não fizer, como ficará na memória? Ah: a maioria dos gondoleiros NÃO canta.
- Ficar com um certo medo dos pombos na praça. Mesmo quem acha que são bichinhos bonitos talvez se assuste a) com a quantidade; b) com a voracidade por comida; c) com os turistas que colocam milho nas roupas ou nas mãos para atrair a revoada (ninguém assistiu “Os Pássaros”, de Alfred Hitchcock?).
- A época de “acqua alta” e os impedimentos que ela traz. Costuma acontecer no final do inverno e na primavera europeia – quando a maré sobe cerca de um metro a um metro e meio. E, sendo a Piazza San Marco o ponto mais baixo da cidade, é justamente o cartão-postal que sai pior na foto.
- A surpresa de descobrir que Veneza é uma das mais belas cidades do mundo e Mestre, sua vizinha, uma das mais feias.
O que é especial em Veneza
- Perder-se. Isso é que é especial em Veneza, pode acreditar. Todos sabem que é uma ilha (na verdade, são cerca de 100 ilhotas conectadas por pontes e passagens), mas só estando lá para perceber o mundo aparte que é Veneza. Não adianta muito usar mapas ou apps. O negócio mesmo é andar pelas ruelas, quebrar esquinas e descobrir lugares. É como ser aquela criança no labirinto do parque de diversões – só que um labirinto encantador e equipado com a deliciosa cozinha do Vêneto para paradas estratégicas.
- A coisa mais importante quando se trata de encontrar o caminho em de Veneza é realmente o “sestiere”, o distrito. Existem seis – Cannaregio, San Polo, Santa Croce, Dorsoduro, San Marco e Castello – e são esses nomes que aparecerão nos endereços a procurar.
- Tente se guiar, na maior parte do tempo, pelas plaquinhas fixadas nas paredes dos edifícios que indicam os três pontos mais básicos: a estação de trem Santa Lucia, a ponte Rialto, a Piazza San Marco. Pelo menos você saberá para qual lado está indo.
- Se estiver passeando e encontrar uma lojinha ou café que pareça bom e dê vontade de ver, comer ou comprar, faça isso na hora. É grande a chance de você nunca mais achar o lugar se deixar para pensar melhor e voltar depois.
Dica Top
Dê uma chance para a região de Cannareggio – principalmente para um passeio de fim de tarde, para sentar em um café ou tomar um drinque e ver a vista e as pessoas. É uma região sem tantos turistas, e onde se vê muitos locais voltando do trabalho, crianças batendo bola, a vida do dia a dia. Ali fica o primeiro gueto judaico do mundo. Um bom ponto de parada: o MQ10 (chamado 10 Metri Quadrati, na Fondamenta Cannaregio, 1020), onde o barman prepara bebidas clássicas e serve-se os affettati – a famosa tábua de frios.
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