Com seus quase oito milhões de habitantes, no centro da Colômbia e a 2600 metros de altura, Bogotá fervilha durante o dia e dorme pouco à noite na chique Zona Norte, na Macarena, em Usaquén, ou no jovem bairro de Las Águas, a animação contagia.
Bogotá, a capital do país dos sequestros, das FARC, dos paramilitares, dos narcotraficantes? Essa mesma, mas livre de todos os fantasmas que a assombraram por décadas e fizeram com que os viajantes a riscassem de sua lista de lugares a conhecer. Hoje, Bogotá transpira segurança e tornou-se um dos destinos preferidos dos brasileiros. O risco, agora, é conhecer e querer ficar. Ou, pelo menos, voltar.
Matiz
Calle 95 # 11-17, Bogotá, Colômbia
Arnau Barenys, jovem chef catalão, lidera a cozinha do clássico restaurante, especializado em pescados e frutos do mar. Cardápio enxuto, que oferece ainda carne, pato e panceta, tem boa carta de vinhos e uma área externa atraente e concorrida.
Leonor Spinoza, uma das mais renomadas chefs colombianas, comanda este restaurante de cozinha contemporânea, que inova na apresentação e releitura de pratos típicos. Peixes e frutos do mar são o carro chefe, mas há pratos com coelho e até gaspacho de caracol.
É longe – a 23km de Bogotá -, mas já se tornou uma lenda. Com sua decoração surreal e divertida, ambientes enormes e variados, está sempre lotado. Perfeito para dançar e curtir a noite ao som dos ritmos locais. Quem não quiser ir tão longe, pode se esbaldar na filial do Centro Comercial El Retiro, na Zona Rosa.
Na Zona Norte, a poucos metros da Zona T — o setor das grifes — e bem próximo do centro financeiro, o Victoria Regia oferece 102 apartamentos espaçosos, confortáveis e elegantes.
Arquitetura arrojada, design criativo dos quartos e restaurantes descolados fazem do hotel o novo queridinho do Parque de la 93, o bairro da moda. O slogan “fábrica de experiências” foi incorporado pelos jovens executivos que frequentam e animam seus espaços.
Ao lado do Teatro Cristobal Colón e defronte ao Palacio San Carlos, é o hotel mais expressivo e sofisticado do bairro da Candelaria. A arquitetura variada, que mistura época colonial e art déco nos seus 42 apartamentos, atrai especialmente viajantes estrangeiros.
Para se conhecer a verdadeira alma de Bogotá é obrigatória uma visita à Candelária, o bairro colonial, com seu casario de mais de 300 anos. O nome logicamente deve-se à igreja do século 16, fincada no alto do bairro, onde também estão o museu Botero (com obras do célebre escultor de “gordinhos, a Casa da Moeda e o Centro Cultural Garcia Márquez.
A Praça Bolívar, com uma estátua do libertador das Américas em trajes romanos, reina na Candelária. Ampla, quadrada, como as velhas praças espanholas, é dominada pela Catedral Primada. Em frente, o Edifício Liévano, sede do governo municipal, cercado pelos imponentes Palácio da Justiça e Capitólio Nacional.
O Museu do Ouro reúne uma magnífica coleção de arte pré-colombiana, que comprova a sofisticação dos povos que viviam no país antes da chegada dos espanhóis. São 55 mil peças, 34 mil delas de ouro. Em exibição estão “apenas” 6 mil, que compreendem o período de 600 a 1600.
Fernando Botero, é outro orgulho colombiano. Por isso, entrar na bela casa da calle 11, na Candelária, e poder admirar 123 obras suas, entre óleos, esculturas, gravuras e desenhos, é um prazer enorme. Literalmente.
Do centro para a Zona Norte. Lá estão o centro financeiro, com os magníficos edifícios de Los Rosales, a área das embaixadas e a região da alta moda e gastronomia, com os shoppings, as lojas de grife e os restaurantes e bares da Zona Rosa, o pedaço mais badalado da cidade.
Os shoppings Atlantis, El Retiro e Andino estabelecem os padrões de vestir e de se comportar, embora a pequena zona T dite as regras para a juventude mais descolada. No formato da letra, designa duas ruas somente de restaurantes e lojas de marcas famosas, como Dolce & Gabana, Converse e Diesel, entre outras.
O cerro de Monserrate, com seus mais de três mil metros de altura, exibe uma visão impressionante da cidade, especialmente à noite. No ponto mais alto, estão a Basílica Menor do Senhor Caído e os bons restaurantes Casa Santa Clara e Casa San Isidro.
O Parque Central Simon Bolívar é o pulmão da cidade. A extensa área verde, maior que o Central Park de Nova York, tem um belo lago, trilhas, playgrounds para crianças e uma grande praça para todo tipo de eventos, como festivais e shows.
A Plaza de Usaquén, ao norte da cidade, atrai muitos visitantes graças à sua crescente cena gastronômica e atividades culturais. E o melhor é que a arquitetura colonial dos arredores tem sido preservada.
Na praça do mesmo nome, fica o Mercado Polequemao, o mais colorido, aromático e popular da cidade. Exibe toda a riqueza das frutas, ervas e flores do país. E se for convidado para uma “lulada”, não hesite: é um dos melhores refrescos da cidade.
Tenha sempre um agasalho à mão. Com temperatura média de 14 graus, o friozinho da cidade surpreende. Com seus 2600 m de altitude, Bogotá já foi apelidada de La Nevera (a geladeira). No Monserrate, à noite, não se espante se pegar 8 graus.
Café é coisa séria na Colômbia, onde predomina a onipresente Juan Valdez, a Starbucks local. Além do ótimo café expresso, virou uma grife, que comercializa roupas, canecas e artigos ligados ao café. E ainda tem lojas nos Estados Unidos, México, América Central e do Sul.
Os chivas, velhos micro-ônibus transformados em salões de festa ambulantes, rodam a cidade à noite. Perderam os assentos e ganharam som potente. Já os novos, aos milhares, entopem ruas e avenidas, contribuindo para que o trânsito pareça pior que o de São Paulo.
Prepare-se para o controvertido valletano. Música popular, comparável ao forró, é muito apreciada pelos universitários. Carlos Vives é o grande nome do ritmo e já gravou até com Michel Teló. Salsa, cumbia e rumba também tocam bastante.
Ouvir o termo chévere (pronuncia-se tchévere), o equivalente ao nosso muito legal. Foi importado da Venezuela, mas nasceu com os escravos cubanos e significava pessoa valente.
A hospitalidade é uma marca de Bogotá. Eles adoram o Brasil e, sempre que podem, arriscam palavras em português. O bairro da Candelária, com seu comércio popular, trânsito intenso e muita gente nas ruas, é um retrato da cidade, que tem também áreas sofisticadas como a Zona Rosa. Neles, uma característica comum: o policiamento intensivo. A cidade quer enterrar de vez seu passado de muita violência.
Se você pensa que já viu tudo, a Catedral do Sal, um imenso templo subterrâneo, é de arrepiar. Na vizinha Zipaquirá, a 180 metros de profundidade, dentro de galerias desativadas de uma mina, tem espaços internos monumentais, a começar pelo primeiro nível, onde 14 capelas escavadas no sal representam a via sacra. Até a chegada à nave central, no terceiro nível, percorre-se 380 metros. A iluminação, em várias cores, cria ambientes inesperados e ressalta cada instalação. As grossas paredes têm o sal misturado com outros minérios de ferro e são facilmente moldadas. O sal só não permite que se esculpa rostos.
Cultura
Gastronomia
Matiz
Calle 95 # 11-17, Bogotá, Colômbia
Leo, Cocina y Cava
Carrera 27 Bis B # 6-75, Bogotá, Colômbia
Andrés Carne de Res
Calle 3 # 11a-56, Chía - Cundinamarca, Colômbia
Hospedagem
Sofitel Bogotá Victoria Regia
Carrera 13 # 85-80, Bogotá, Colômbia
Click Clack
Carrera 11 # 93-77, Bogotá, Colômbia
Hotel de la Opera
Carrera 10 # 5-72, Bogotá, Colômbia
Noite
Consumo
Esportes
Música
Pontos Turísticos
10 coisas que você deve fazer
Para se conhecer a verdadeira alma de Bogotá é obrigatória uma visita à Candelária, o bairro colonial, com seu casario de mais de 300 anos. O nome logicamente deve-se à igreja do século 16, fincada no alto do bairro, onde também estão o museu Botero (com obras do célebre escultor de “gordinhos, a Casa da Moeda e o Centro Cultural Garcia Márquez.
A Praça Bolívar, com uma estátua do libertador das Américas em trajes romanos, reina na Candelária. Ampla, quadrada, como as velhas praças espanholas, é dominada pela Catedral Primada. Em frente, o Edifício Liévano, sede do governo municipal, cercado pelos imponentes Palácio da Justiça e Capitólio Nacional.
O Museu do Ouro reúne uma magnífica coleção de arte pré-colombiana, que comprova a sofisticação dos povos que viviam no país antes da chegada dos espanhóis. São 55 mil peças, 34 mil delas de ouro. Em exibição estão “apenas” 6 mil, que compreendem o período de 600 a 1600.
Fernando Botero, é outro orgulho colombiano. Por isso, entrar na bela casa da calle 11, na Candelária, e poder admirar 123 obras suas, entre óleos, esculturas, gravuras e desenhos, é um prazer enorme. Literalmente.
Do centro para a Zona Norte. Lá estão o centro financeiro, com os magníficos edifícios de Los Rosales, a área das embaixadas e a região da alta moda e gastronomia, com os shoppings, as lojas de grife e os restaurantes e bares da Zona Rosa, o pedaço mais badalado da cidade.
Os shoppings Atlantis, El Retiro e Andino estabelecem os padrões de vestir e de se comportar, embora a pequena zona T dite as regras para a juventude mais descolada. No formato da letra, designa duas ruas somente de restaurantes e lojas de marcas famosas, como Dolce & Gabana, Converse e Diesel, entre outras.
O cerro de Monserrate, com seus mais de três mil metros de altura, exibe uma visão impressionante da cidade, especialmente à noite. No ponto mais alto, estão a Basílica Menor do Senhor Caído e os bons restaurantes Casa Santa Clara e Casa San Isidro.
O Parque Central Simon Bolívar é o pulmão da cidade. A extensa área verde, maior que o Central Park de Nova York, tem um belo lago, trilhas, playgrounds para crianças e uma grande praça para todo tipo de eventos, como festivais e shows.
A Plaza de Usaquén, ao norte da cidade, atrai muitos visitantes graças à sua crescente cena gastronômica e atividades culturais. E o melhor é que a arquitetura colonial dos arredores tem sido preservada.
Na praça do mesmo nome, fica o Mercado Polequemao, o mais colorido, aromático e popular da cidade. Exibe toda a riqueza das frutas, ervas e flores do país. E se for convidado para uma “lulada”, não hesite: é um dos melhores refrescos da cidade.
5 coisas que você não pode evitar
Tenha sempre um agasalho à mão. Com temperatura média de 14 graus, o friozinho da cidade surpreende. Com seus 2600 m de altitude, Bogotá já foi apelidada de La Nevera (a geladeira). No Monserrate, à noite, não se espante se pegar 8 graus.
Café é coisa séria na Colômbia, onde predomina a onipresente Juan Valdez, a Starbucks local. Além do ótimo café expresso, virou uma grife, que comercializa roupas, canecas e artigos ligados ao café. E ainda tem lojas nos Estados Unidos, México, América Central e do Sul.
Os chivas, velhos micro-ônibus transformados em salões de festa ambulantes, rodam a cidade à noite. Perderam os assentos e ganharam som potente. Já os novos, aos milhares, entopem ruas e avenidas, contribuindo para que o trânsito pareça pior que o de São Paulo.
Prepare-se para o controvertido valletano. Música popular, comparável ao forró, é muito apreciada pelos universitários. Carlos Vives é o grande nome do ritmo e já gravou até com Michel Teló. Salsa, cumbia e rumba também tocam bastante.
Ouvir o termo chévere (pronuncia-se tchévere), o equivalente ao nosso muito legal. Foi importado da Venezuela, mas nasceu com os escravos cubanos e significava pessoa valente.
O que há de especial
A hospitalidade é uma marca de Bogotá. Eles adoram o Brasil e, sempre que podem, arriscam palavras em português. O bairro da Candelária, com seu comércio popular, trânsito intenso e muita gente nas ruas, é um retrato da cidade, que tem também áreas sofisticadas como a Zona Rosa. Neles, uma característica comum: o policiamento intensivo. A cidade quer enterrar de vez seu passado de muita violência.
TOP
Se você pensa que já viu tudo, a Catedral do Sal, um imenso templo subterrâneo, é de arrepiar. Na vizinha Zipaquirá, a 180 metros de profundidade, dentro de galerias desativadas de uma mina, tem espaços internos monumentais, a começar pelo primeiro nível, onde 14 capelas escavadas no sal representam a via sacra. Até a chegada à nave central, no terceiro nível, percorre-se 380 metros. A iluminação, em várias cores, cria ambientes inesperados e ressalta cada instalação. As grossas paredes têm o sal misturado com outros minérios de ferro e são facilmente moldadas. O sal só não permite que se esculpa rostos.
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