Quando os espanhóis chegaram a Cusco, a então capital do Império Inca – o maior da América Pré-Colombiana —,o calendário dos conquistados tinha um dia mais importante. A Festa do Sol, ou Inti Raymi, a grande celebração em homenagem ao Deus-Sol (Inti) da mitologia Inca coincidia com o dia do solstício de inverno (24 de junho). Hoje, quase cinco séculos depois, a festa volta com tudo. Viajantes desembarcam de várias partes do mundo para ver reproduções das cerimônias ancestrais cujo ápice acontece nas arquibancadas do sítio arqueológico de Sacsaywaman.
A encenação começa ainda antes, na Praça Koricancha, de onde Sapa Inca (o Rei-Sol) e Mama Ocllo (a rainha) e todo o séquito seguem em procissão até chegar a Sacsaywaman. As roupas são carregados de adereços, cores fortes e placas douradas, como as de outrora. Ao chegar, a cerimônia segue com fogo, oferendas, conclamações ao deus sol, cantos e danças. Nos níveis inferiores da arquibancada há lugares pagos para quem estiver disposto. O alto da montanha é gratuito e geralmente de onde as famílias cusquenhas assistem tudo de camarote. Mas se ali o que passa é encenação, Cusco inteira respira vida real durante a semana inteira que precede este dia, com festas e desfiles por todo canto. No mínimo uma excelente oportunidade de ver a bela Cusco no ápice de alegria de seu povo.
Nem que seja por alguns dias antes de embarcar no Belmond Hiram Bigham, o trem de luxo que vai a Machu Picchu. Aqui vale dizer que Cusco não tem apenas um hotel Belmond (ex-Orient Express), mas dois: o clássico Monasterio e o Belmond Palacio Nazarenas, antigo palácio/convento, que reabriu em 2012 para se tornar o hotel mais luxuoso da cidade. E não custa lembrar também que a rede tem outra propriedade praticamente dentro das ruínas de Machu Picchu, o Sanctuary Lodge. Os hóspedes têm o privilégio de acessar o parque antes dos outros visitantes.
Quando ir: O auge da Festa do Sol acontece no dia 24 de junho, o solstício de inverno, mas há festas em toda a semana que o antecede.
Quem leva: Belmond.