A 95 quilômetros de Belo Horizonte, encarapitada nas montanhas de Minas, Ouro Preto preserva um rico passado. Fundada no início do século 18, a cidade conta com um fascinante conjunto de casas, igrejas, praças e fontes centenárias – algumas foram projetadas por um dos maiores mestres da arte brasileira, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. A corrida do ouro, nos séculos 17 e 18, não só fez a cidade crescer como foi o fermento perfeito para a profusão de impressionantes construções barrocas ornadas com o pó dourado. Ouro Preto também brilha com a caprichada culinária mineira e pousadas charmosas, em casarões restaurados, que fazem qualquer um voltar no tempo.
Senhora do Rosário
Rua Getulio Vargas, 270, Ouro Preto - MG, Brasil
Fica em um belo casarão do século 19, no centro da cidade, com lustres de cristal e elegante mobiliário. No menu, aparecem clássicos mineiros com um toque sofisticado, como a musseline de mandioquinha com ragu de porco e couve frita.
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Bené da Flauta
Rua São Francisco, 32, Ouro Preto - MG, Brasil
Ao lado da Igreja São Francisco de Assis, um dos cartões-postais da cidade, é perfeito para um jantar sem pressa, em um ambiente intimista com paredes de pedra e uma bela vista para o centro histórico. Conta com uma boa carta de vinhos, que harmonizam com assados de carne, bacalhau – ótimo – e risotos bem preparados.
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Café Geraes & Escada Abaixo
Rua Conde de Bobadela, 122, Ouro Preto - MG, Brasil
É onde os estudantes mais arrumadinhos da cidade e a turma descolada vai para bater papo, tomar vinho e, entre um gole e outro, degustar uma culinária italiana caprichada e boas entradinhas mineiras. Os pastéis de angu são de dar água na boca. Há também boas opções de cervejas artesanais.
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Solar do Rosário
Rua Getulio Vargas, 270, Ouro Preto - MG, Brasil
Os travesseiros com penas de ganso, os lençóis de algodão 600 fios e as banheiras em estilo vitoriano nas suítes são apenas alguns dos mimos que fazem do Solar do Rosário um dos melhores hotéis (senão o melhor) de Ouro Preto. Junte-se a isso uma bela piscina aquecida – aberta inclusive à noite – e eis a mágica que faltava.
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Solar das Lajes
Rua Conselheiro Quintiliano, 604, Ouro Preto - MG, Brasil
No bairro Lajes, com uma linda vista para o centro histórico, tem uma das mais celebradas piscinas de Ouro Preto, com cascata e tudo. Tem mais: dentro da área da pousada fica uma pequena mina de ouro, que os hóspedes podem conhecer. Se não der para encontrar pepitas e pedras preciosas, pelo menos dá para se refrescar na piscina e admirar a bela paisagem.
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Mondego
Largo do Coimbra, 38 - Centro Historico, Ouro Preto - MG, 35400-000
O jornalista Theódulo Pereira transformou o casarão da família, em frente à bela Igreja São Francisco de Assis, em uma charmosa pousada com direito a galeria de arte – a coleção tem obras de artistas como Alberto da Veiga Guignard, que pintou como ninguém as paisagens mineiras, e até de Aleijadinho. O mobiliário, com peças antigas restauradas, também é encantador.
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- Visitar a Igreja de São Francisco de Assis – Dois dos maiores artistas brasileiros da época colonial, Aleijadinho e o pintor Mestre Athaíde, se uniram para conceber uma das igrejas mais bonitas do país, com parte da fachada magistralmente esculpida em pedra-sabão.
- Passear na praça Tiradentes – É o cartão-postal da cidade, com cafés, restaurantes e lojinhas que convivem com o casario colonial.
- Conhecer a Igreja Matriz Nossa Senhora Conceição – Inaugurada em 1707, tem belas colunas enrodilhadas e altares ricamente decorados. Guarda também boa parte das obras de Aleijadinho em um espaço especialmente dedicado ao artista.
- Passar uma tarde no Museu da Inconfidência – Na Praça Tiradentes, no coração da cidade, conta com mais de 4 mil peças que ajudam a contar a história do país, com documentos da época dos inconfidentes (por sinal, os restos mortais da maioria deles estão lá), obras de arte, móveis e até roupas.
- Saber mais sobre nosso passado na Casa dos Contos – Boa parte do ouro extraído em Minas seguia para o local, onde era transformado em barras. A casa também serviu de prisão para os inconfidentes e foi sede da administração de Minas Gerais. No subsolo, existia uma senzala, onde hoje estão expostos instrumentos de tortura dos escravos.
- Visitar o Museu do Oratório – Instalado em um casarão de dois andares de meados do século 18, possui mais de 150 oratórios e cerca de 300 imagens feitas entre os séculos 17 e 20, dos mais variados tamanhos e estilos.
- Sentir o clima de novela de época do Teatro Municipal – Pequeno, mais singelo, foi aberto ao público em 1770, por isso é considerado um dos teatros mais antigos da América do Sul — já contou com a ilustre presença de Dom Pedro I em sua plateia, assim como de outros figurões do Império.
- Surpreender-se com a rica decoração da Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar – A quantidade de ouro usada na construção dos altares salta aos olhos. É um brilho só. A igreja, que começou a ser construída por volta de 1728, também é um dos maiores exemplos do barroco brasileiro.
- Caminhar no Horto dos Contos – No meio do centro histórico, o parque conta com ótimas trilhas com calçamento e mirantes de onde dá para tirar fotos incríveis dos casarões históricos e das igrejas.
- Fazer compras na Feira do Largo de Coimbra – Em frente à Igreja São Francisco de Assis, os artesãos locais armam suas barracas e vendem diversos objetos feitos em pedra-sabão, típica da região. Os delicados porta joias geralmente são ótimos presentinhos.
- Subir e descer ladeira – Não tem jeito. O Uber ainda não chegou à cidade e você vai fazer musculação mesmo sem querer, caminhando pelas ruas íngremes da cidade. A parte boa: suas pernas vão ficar mais fortes.
- Ter medo de escorregar nas ruas de paralelepípedo – Que, diga-se de passagem, são a maioria em Ouro Preto, com todo seu charme histórico. Salto alto, nem pensar. Mas um bom par de tênis resolve a questão.
- Ganhar uns quilinhos a mais – A comida mineira é mesmo deliciosa. Goiabada, pão de queijo, tutu e feijão-mineiro são apenas alguns de seus quitutes mais saborosos de lá. Fora o doce de abóbora, o queijo minas e a broa de milho. Os ponteiros da balança poderão subir como um rojão. De novo: nada que as caminhadas pela cidade não possam ajudar.
- A sensação de que o patimônio pode estar comprometido pelo tráfego de carros dentro da cidade.
- Sentir falta de balada – O clima é mais para passeios durante o dia e jantares intimistas com conversa ao pé do ouvido de noite. O resto fica para depois. Exceto em lugares de estudantes.
- Fundada há mais de 300 anos, Ouro Preto respira história – a cidade reúne um dos maiores conjuntos de arquitetura barroca do Brasil, que pode ser vista em mais de dez igrejas e outras dezenas de monumentos centenários. No ciclo do ouro, que levou uma riqueza de muitos quilates à região, não faltaram recursos para comissionar artistas e erguer o que se transformou em patrimônio histórico do país. Ali ao lado, em Congonhas do Campo, ficam alguns dos maiores tesouros do barroco, como a Basílica São Jesus do Matosinho, com os 12 profetas esculpidos por Aleijadinho e suas seis capelas externas, onde foram descobertas mais 60 imagens talhadas em madeira.
- O subsolo de Ouro Preto mais parece um queijo suíço, tal a quantidade de minas que foram abertas em seu subsolo nos séculos 17 e 18. Algumas entraram para a história, como a mina de Chico Rei (reza a lenda que teria pertencido a um ex-escravo). No passeio à mina Jeje, os visitantes percorrem um túnel de 160 metros. Na Santa Rita, o circuito é de 120 metros – o guia costuma contar como era o cotidiano dos escravos e o processo de extração do metal.
- Talvez seja o clima bucólico da cidade, ou ainda o harmonioso conjunto de suas casas e praças, ou ainda a boa cachaça mineira que pode ser comprada ali. Fato é que Ouro Preto reuniu boa parte da nata da produção artística nacional. Aleijadinho fez da cidade um grande ateliê, com projetos de igrejas e esculturas que estão entra as mais impressionantes do país. Mas não foi ele que se sentiu atraído pela atmosfera de Ouro Preto. Outra estrela da arte nacional, o fluminense Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), famosos pelas telas que retratam a paisagem mineira, se mudou de mala e cuia para lá. A Casa de Guignard, no centro histórico, tem um acervo com diversas telas e desenhos do pintor. Na Casa das Artes de Ouro Preto, nas imediações, funciona como ateliê e ponto de venda de mais de 20 (bons) artistas da região.
Com clima rústico-chique, alguns distritos de Ouro Preto têm atraído quem preza ambientes com pouca gente e bons restaurantes, perfeitos para passar o dia. Em São Bartolomeu, lindas casas coloniais e cafés intimistas, especializados em doces artesanais, dão o tom. Quase mil metros acima do nível do mar, Santo Antônio do Leite reúne um clima especial de montanha, bistrôs e pousadas aconchegantes.
Gastronomia
Senhora do Rosário
Rua Getulio Vargas, 270, Ouro Preto - MG, Brasil
Bené da Flauta
Rua São Francisco, 32, Ouro Preto - MG, Brasil
Café Geraes & Escada Abaixo
Rua Conde de Bobadela, 122, Ouro Preto - MG, Brasil
Hospedagem
Solar do Rosário
Rua Getulio Vargas, 270, Ouro Preto - MG, Brasil
Solar das Lajes
Rua Conselheiro Quintiliano, 604, Ouro Preto - MG, Brasil
Mondego
Largo do Coimbra, 38 - Centro Historico, Ouro Preto - MG, 35400-000
10 coisas que você deve fazer
- Visitar a Igreja de São Francisco de Assis – Dois dos maiores artistas brasileiros da época colonial, Aleijadinho e o pintor Mestre Athaíde, se uniram para conceber uma das igrejas mais bonitas do país, com parte da fachada magistralmente esculpida em pedra-sabão.
- Passear na praça Tiradentes – É o cartão-postal da cidade, com cafés, restaurantes e lojinhas que convivem com o casario colonial.
- Conhecer a Igreja Matriz Nossa Senhora Conceição – Inaugurada em 1707, tem belas colunas enrodilhadas e altares ricamente decorados. Guarda também boa parte das obras de Aleijadinho em um espaço especialmente dedicado ao artista.
- Passar uma tarde no Museu da Inconfidência – Na Praça Tiradentes, no coração da cidade, conta com mais de 4 mil peças que ajudam a contar a história do país, com documentos da época dos inconfidentes (por sinal, os restos mortais da maioria deles estão lá), obras de arte, móveis e até roupas.
- Saber mais sobre nosso passado na Casa dos Contos – Boa parte do ouro extraído em Minas seguia para o local, onde era transformado em barras. A casa também serviu de prisão para os inconfidentes e foi sede da administração de Minas Gerais. No subsolo, existia uma senzala, onde hoje estão expostos instrumentos de tortura dos escravos.
- Visitar o Museu do Oratório – Instalado em um casarão de dois andares de meados do século 18, possui mais de 150 oratórios e cerca de 300 imagens feitas entre os séculos 17 e 20, dos mais variados tamanhos e estilos.
- Sentir o clima de novela de época do Teatro Municipal – Pequeno, mais singelo, foi aberto ao público em 1770, por isso é considerado um dos teatros mais antigos da América do Sul — já contou com a ilustre presença de Dom Pedro I em sua plateia, assim como de outros figurões do Império.
- Surpreender-se com a rica decoração da Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar – A quantidade de ouro usada na construção dos altares salta aos olhos. É um brilho só. A igreja, que começou a ser construída por volta de 1728, também é um dos maiores exemplos do barroco brasileiro.
- Caminhar no Horto dos Contos – No meio do centro histórico, o parque conta com ótimas trilhas com calçamento e mirantes de onde dá para tirar fotos incríveis dos casarões históricos e das igrejas.
- Fazer compras na Feira do Largo de Coimbra – Em frente à Igreja São Francisco de Assis, os artesãos locais armam suas barracas e vendem diversos objetos feitos em pedra-sabão, típica da região. Os delicados porta joias geralmente são ótimos presentinhos.
5 coisas que você não pode evitar
- Subir e descer ladeira – Não tem jeito. O Uber ainda não chegou à cidade e você vai fazer musculação mesmo sem querer, caminhando pelas ruas íngremes da cidade. A parte boa: suas pernas vão ficar mais fortes.
- Ter medo de escorregar nas ruas de paralelepípedo – Que, diga-se de passagem, são a maioria em Ouro Preto, com todo seu charme histórico. Salto alto, nem pensar. Mas um bom par de tênis resolve a questão.
- Ganhar uns quilinhos a mais – A comida mineira é mesmo deliciosa. Goiabada, pão de queijo, tutu e feijão-mineiro são apenas alguns de seus quitutes mais saborosos de lá. Fora o doce de abóbora, o queijo minas e a broa de milho. Os ponteiros da balança poderão subir como um rojão. De novo: nada que as caminhadas pela cidade não possam ajudar.
- A sensação de que o patimônio pode estar comprometido pelo tráfego de carros dentro da cidade.
- Sentir falta de balada – O clima é mais para passeios durante o dia e jantares intimistas com conversa ao pé do ouvido de noite. O resto fica para depois. Exceto em lugares de estudantes.
O que há de especial
- Fundada há mais de 300 anos, Ouro Preto respira história – a cidade reúne um dos maiores conjuntos de arquitetura barroca do Brasil, que pode ser vista em mais de dez igrejas e outras dezenas de monumentos centenários. No ciclo do ouro, que levou uma riqueza de muitos quilates à região, não faltaram recursos para comissionar artistas e erguer o que se transformou em patrimônio histórico do país. Ali ao lado, em Congonhas do Campo, ficam alguns dos maiores tesouros do barroco, como a Basílica São Jesus do Matosinho, com os 12 profetas esculpidos por Aleijadinho e suas seis capelas externas, onde foram descobertas mais 60 imagens talhadas em madeira.
- O subsolo de Ouro Preto mais parece um queijo suíço, tal a quantidade de minas que foram abertas em seu subsolo nos séculos 17 e 18. Algumas entraram para a história, como a mina de Chico Rei (reza a lenda que teria pertencido a um ex-escravo). No passeio à mina Jeje, os visitantes percorrem um túnel de 160 metros. Na Santa Rita, o circuito é de 120 metros – o guia costuma contar como era o cotidiano dos escravos e o processo de extração do metal.
- Talvez seja o clima bucólico da cidade, ou ainda o harmonioso conjunto de suas casas e praças, ou ainda a boa cachaça mineira que pode ser comprada ali. Fato é que Ouro Preto reuniu boa parte da nata da produção artística nacional. Aleijadinho fez da cidade um grande ateliê, com projetos de igrejas e esculturas que estão entra as mais impressionantes do país. Mas não foi ele que se sentiu atraído pela atmosfera de Ouro Preto. Outra estrela da arte nacional, o fluminense Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), famosos pelas telas que retratam a paisagem mineira, se mudou de mala e cuia para lá. A Casa de Guignard, no centro histórico, tem um acervo com diversas telas e desenhos do pintor. Na Casa das Artes de Ouro Preto, nas imediações, funciona como ateliê e ponto de venda de mais de 20 (bons) artistas da região.
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Com clima rústico-chique, alguns distritos de Ouro Preto têm atraído quem preza ambientes com pouca gente e bons restaurantes, perfeitos para passar o dia. Em São Bartolomeu, lindas casas coloniais e cafés intimistas, especializados em doces artesanais, dão o tom. Quase mil metros acima do nível do mar, Santo Antônio do Leite reúne um clima especial de montanha, bistrôs e pousadas aconchegantes.
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